Talvez você tenha recebido a notícia de forma inesperada. Ou talvez, tenha sido tudo planejado. Não importa, a sensação é sempre parecida. O mundo fica, por segundos, em câmara lenta e sentimos um leve (ou grande) choque: “virei pai! E agora?”.
Bem, antes de tudo saiba que é natural demorarmos um pouco para assimilar a nova situação. Afinal, só recebemos a notícia, mas não passamos por todas as transformações internas e externas, que nem a mulher. Receios e dúvidas também são comuns. Mas calma! Aos poucos, você começa a encarar tudo com mais tranquilidade.
Pensando em ajudar você nesse momento, separamos algumas dicas. Confira!
Envolva-se desde a gravidez
A barriga cresce fora de você, mas ela é sua também. Assim, tente se envolver, ainda durante a gravidez. Participe das consultas e tire suas dúvidas com o médico. Isso ajuda não só a aproximar mais você, mãe e bebê, como também a amenizar um pouco da ansiedade.
Faça cursos juntos da mulher, converse com ela e pergunte sobre as sensações. Também, não deixe de falar com o bebê. A partir do 5º mês de gestação, ele já consegue identificar timbres diferentes e reconhecerá sua voz ao nascer.
Entenda as mudanças vivenciadas pela mulher
Da mesma forma que você teve aquela sensação inicial de “virei pai! Isso é mesmo verdade?!”, sua mulher também pode vivenciar certas emoções.
Na gravidez, as mulheres passam por transformações internas (hormonais e psicológicas) e externas, que podem afetar um pouco o humor e a disposição. Após o nascimento do bebê, vem o cansaço, o sono, as dificuldades em lidar com o recém-nascido e a mais alterações hormonais.
Então, é importante entender que mudanças comportamentais podem acontecer, e que conversar sobre tudo isso tende a evitar os mal entendidos.
Não espere que ela peça algo
É importante ter um pouco de atitude também. Claro que na dúvida, você pode perguntar antes de tomar a decisão. Contudo, não deixe que isso seja uma regra. Entenda que no seu papel de pai, você não precisa depender que a mãe do seu filho sempre tome a frente de tudo.
Um exemplo é ficar de olho na quantidade de fraldas restante. Se perceber que estão acabando, compre antes que ela peça. Caso o bebê acorde de madrugada, levante junto. Se perceber algum serviço da casa por fazer, também não espere que ela peça ajuda. Essas pequenas coisas fazem diferença e evitam muitos atritos na relação.
Esteja preparado para renúncias ou frustrações
Vida de pai traz algumas obrigações a mais e, com isso, certas renúncias. Por exemplo, é possível que, vez ou outra, você precise deixar de lado aquele futebol de domingo com os amigos, para resolver algo para a mulher ou pelo bebê. Isso pode trazer frustrações. Mas entenda que ela também tem se abdicado de várias coisas.
Tenha contato com pais exemplares
Devido a algumas características históricas e culturais, pode ser mais difícil para o homem entender qual o seu papel na criação do filho. Então, na dúvida do que fazer, reflita na sua relação com seu pai. O que você pode melhorar e o que pode reproduzir? Outra ideia é buscar exemplos e inspirações de fora, que podem ser em blogs e redes sociais dirigidas por pais.
Enfim, entenda que é comum esse choque inicial de “virei pai! Não sei o que fazer!”. Contudo, não deixe que essa sensação perdure por muito tempo. Procure conversar sempre com a mãe do seu filho e tente se doar a esse novo papel.
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Médico Oftalmologista com título pelo Colégio Brasileiro de Oftalmologia (CBO).
Fellowship em Retina e Vítreo e membro da Sociedade Brasileira de Retina e Vítreo (SBRVS).
Sócio fundador da OnDoctor.